Especial RER 24-07-2008

CULTURA
Público infanto-juvenil aproveita férias para investir em leitura

As férias escolares são um período onde as crianças e adolescentes querem descansar e literalmente tirar férias dos livros e cadernos. Porém, muitos deles aproveitam esse tempo para investir em atividades que além de acrescentar conhecimento, divertem e dão prazer, como a leitura de livros.
O diretor da Escola de Artes e da Biblioteca Municipal, Rafael de Oliveira Júnior, conta que a procura por livros de história por jovens tem crescido muito. Mesmo com o advento da internet, e o surgimento do chamado “e-book”, que é a digitalização de livros originais, disponibilizados na web por usuários de comunidades, as pessoas ainda dão preferência ao verdadeiro, em formato impresso.
“Com as novas tecnologias, mudou o comportamento dos usuários da biblioteca. A busca por livros de pesquisa caiu muito, pois a maioria faz pela web, mas a procura por romances cresceu em grandes proporções”, diz Oliveira Júnior. Alguns acreditam que futuramente o livro será substituído, mas a maioria ainda acha que o prazer da leitura consiste em prender-se ao objeto feito de papel, que se pode sentir. “Acredito que o livro não será substituído. É aquela coisa de sentir o papel, o cheiro do livro”, completa Oliveira Júnior.
Na Biblioteca Infanto-Juvenil Municipal “Professora Cecília Quadros”, há uma procura muito grande por clássicos da literatura, como livros de Ruth Rocha, Pedro Bandeira, Ziraldo, Monteiro Lobato e coleções como a Série Harry Potter e Série Vagalume. Para os mais novos, há opções de livros de panos, laváveis, que vêm acompanhados de brinquedos, e que interagem com a criança, sendo esta uma forma de despertar nos novos leitores o hábito.
A estudante Julia Cabral Teresa, 18, considera o hábito da leitura importante pois assim “se expande o vocabulário, desenvolve a criatividade e o raciocínio”. Ela que está lendo o livro “A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera, afirma que a leitura também possibilita a formação do senso crítico e político do jovem.
A professora Kátia Cristina García conta que seus filhos Bruno e Manuela, de 7 e 4 anos, respectivamente, gostam de participar de atividades na biblioteca e costumam procurar por livros. “Desde que eles são pequenos eu tenho livrinhos em casa, pois não pode esperar que eles cresçam para querer ensinar o hábito”, conta. O metalúrgico Júlio Cesar Voigt leva sempre sua filha Thais, de 8 anos, em visitas à biblioteca. “Eu a acompanho, pois sei que é muito importante iniciar na leitura ainda nova. Essa prática traz conhecimento e auxilia no desenvolvimento escolar, o que é essencial para que ela tenha um bom futuro”.
Além disso, no período de férias escolares, são promovidas na biblioteca infantil oficinas com jogos educativos, pintura a lápis, dobradura, colagem, e a chamada “Hora do Conto”, onde contadoras de história, trazem às crianças um pouco do universo dos livros, através de contos, com imagens, bonecos e muita diversão.

Os livros de pesquisa perderam a vez para a web, porém os clássicos ainda são muito procurados

Contadores de Histórias
Os contadores de histórias são pessoas que possuem mais do que a habilidade, o dom de contar histórias dando forma e vida aos contos. Eles, muitas vezes usam materiais como cartazes, figuras e bonecos, mas somente com a palavra, já conseguem trazer à realidade uma simples narração.
Ana Paula Vaz Silva é contadora de histórias na biblioteca infantil e comenta que faz isso porque é o que mais gosta. “As histórias trazem assuntos do cotidiano da criança, mas que geralmente é novidade para elas. Existem técnicas, mas mais que isso tem que ter muita imaginação, tem que perceber o contexto da criança e moldar o conto a ele”, diz Ana Paula. “Vemos o bilho nos olhos delas”, completa.
A Oficina Cultural Regional Carlos Gomes promove de 4 de setembro a 6 de outubro, às terças e quintas, das 18h30 às 21h30, a oficina “Contadores de Histórias”, direcionada a iniciantes, a partir de 16 anos, que gostem da arte e desejam aprender as técnicas mais utilizados para os contos. São 20 vagas para oficina que será dirigida por Viviane Coentro, e os interessados devem inscrever-se até o dia 29 de agosto, na Secretaria Municipal da Cultura, localizada no Palacete Levy, no Largo Boa Morte, 11, Centro, ou pelos telefones 3495 1028 e 3442 9857.
“É preciso muita imaginação e ser também criança, para conseguir trazer as histórias à realidade”, diz a contadora de histórias Ana Paula Vaz Silva

Comentários

  1. Parabéns pelo excelente post.Tem postagem nova lá no Compartilhando as Letras.Apareça por lá e vc verá fotos dos 50 anos do primo Antonio.

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  2. Perfeito! O nosso povo precisa de cultura mesmo! Aliás, só o saber pode nos libertar das trevas do desconhecimento hauhsuahsuhaushuahshuas....
    Saudades Roxane!! see u next week!
    Parabéns pelo seu blog!
    bjs

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