Postagens

Mostrando postagens de 2015

E 2015, hein?!

Imagem
E este ano, hein?! Já acabou? Pois é... 2015 foi aquilo que aconteceu entre o último gole do brinde de ano novo e essa semana parada, ociosa e sem graça, que nos escancara que o Natal, que é bom, já passou e o novo ano deve logo chegar. E foi um piscar de olhos, não foi? Nunca ouvimos tanto que “os dias têm passado rápido demais”. Nunca sentimos tanto em nossa própria pele a adrenalina de um mundo que não para de girar cada vez mais rápido. Fiz uma lista de realizações e acontecimentos pessoais e, olha, parece que apesar dessa rapidez com que os dias fluíram, com aquela sensação é de que não houve tempo para nada, é óbvio que a vida não parou de acontecer. Naquela lista, decidi colorir de azul o que fosse positivo e de vermelho o que era negativo. Graças a Deus, ambas as cores apareceram ali. Agradeço sim, porque a prova, a luta e aquilo que nos derruba é também o que nos fortalece. E ainda assim, há muito mais azul que vermelho por lá... 2015 foi ano de crise e de dificul

O pastor e o tatuado

Imagem
Uma mulher, um bebê, um carro, uma avenida movimentada, uma falha no motor. A mulher, sozinha, desceu do carro em meio ao cruzamento e, com a criança no colo, esperou por ajuda. Passavam por ali alguns veículos, algumas pessoas, mas dois homens, em dois carros diferentes, por ali passavam e chamaram-me a atenção. Um pastor evangélico e um homem tatuado (com braços e pescoço preenchidos por desenhos) fizeram mais do que olhar o pequeno distúrbio no trânsito que começava se formar. Não hesitaram, agiram. Naquela manhã de domingo, nenhum deles titubeou ou pensou duas vezes. Deixaram seus carros parados no meio fio com os pisca-alertas ligados e foram de encontro à mulher, seu filho e o carro quebrado.  Ainda que muito se tenha evoluído em termos de liberdade de escolhas, em nossa sociedade ainda paira uma atmosfera cheia de ódios e preconceitos, uma polarização de gostos e desgostos, de extremos. Criamos todos os dias estereótipos injustos. Aqui vos fala aquela que teme

Reflexões em fórum da Metodista sobre jornalismo I

Imagem
Assim como temos conversado nas aulas da pós-graduação em Gestão de Conteúdo- Jornalismo, da Universidade Metodista de São Paulo, a mudança da linguagem e postura é inevitável no jornalismo e é tendência que não temos como negar. Agora há pouco eu conversava com um pequeno grupo de amigos jornalistas, com quem me formei em 2010, e que atuam na mídia tradicional (impresso e rádio) aqui no interior de SP. Uma delas lamentou sentir que nossa profissão estaria chegando ao fim, o que discordei. Creio que precisamos reinventar nossa atuação. Assistimos a duas palestras que falam de um novo caminho: The Future of Journalism (Tom Rosenstiel at TEDxAtlanta) Citizen Journalism (Paul Lewis at TEDxThessaloniki) Exemplos como os das palestras que assistimos estão cada vez mais presentes nos meios de comunicação que acompanho. As rádios já integram o ouvinte por meio do WhatsApp, as TVs trazem cada vez mais conteúdo vindo do espectador. Só sinto ainda muita resistência nos jornais e

Breve guia de uma paulista em fim de semana prolongado no Rio de Janeiro

Imagem
Em abril deste ano eu estive com o Lucas no Rio de Janeiro. Passamos quatro dias por lá, na casa de um casal amigo, na Barra da Tijuca. Estávamos do outro lado da cidade, no que diz respeito aos pontos turísticos e principais praias, o que dificultou um pouco a nossa mobilidade. Isso nos fez tomar alguns chás de cadeiras em pontos de ônibus e fazer literalmente viagens de horas e horas para chegar de um lugar no outro. Porém, a maior parte dos turistas vai ficar mesmo na região de Copacabana, ou mesmo Ipanema, o que facilita tudo! Não vou aqui dar um roteiro pronto do que fazer e em quantos dias, mas vou falar dos pontos pelos quais passei e como chegar até eles. Lembrando que eu passei cinco dias no Rio, dois deles “turistando” ao extremo, um dia curtindo a companhia de nosso anfitrião, um dia curtindo praia e shopping e no último pegamos uma prainha de leve antes de embarcar de volta pra casa. O Rio de Janeiro faz jus ao nome de Cidade Maravilhosa! O Rio é lindo, é de ench

Violência contra a mulher

Imagem
O meu coração se encheu de dor e agonia depois que eu vi pela primeira vez, no início daquela tarde, a notícia com a foto de uma jovem mulher que teve suas mãos decepadas pelo companheiro, caso de violência doméstica. Como parte da minha rotina, voltei várias vezes a entrar naquele portal, para me atualizar das notícias. E todas as vezes que descia a página, dava de frente com a foto dela e, confesso, eu queria chorar. Gisele é uma moça nova, 22 anos. E após anos e anos em um relacionamento completamente abusivo, decidiu romper com a prisão que vivia. O resultado foi desastroso. O companheiro enfurecido desferiu-lhe golpes com um facão. Para proteger-se usou as mãos, que foram decepadas, e em seguida os pés, também cortados, além de taios na cabeça e por todo o corpo. O que restou daquela linda mulher é uma vida destruída, deitada sobre a cama com ambos os pés recém-enxertados e sem as mãos. Deficiente, impotente, sem os cabelos, cheia de cortes e talvez de medo. Por outro

Padrão fitness

Imagem
Comecei há algum tempo frequentar uma boa academia aqui da cidade. Passei por um programa de acompanhamento de novos alunos e, no final, tinha uma "formatura". Convidei uma amiga para ir comigo. Depois de uma volta pelo recinto, com cara de boba ela me olhou e disse: “Poxa, achei que teria por aqui mais daquelas pessoas ‘perfeitas’, com ‘aquele’ corpão, sabe?” Sei, sei sim. Aquelas pessoas que a gente vê no Instagram, cultuando corpos esculturais, modelados a suor e whey protein, vivendo para se exercitar, que nunca acordam indispostas, nunca se estressam, comem ‘bem e saudavelmente’, só ‘comida top’ e  mostrando felicidade radiante porque, afinal, elas são o estereótipo endeusado e nos vendem um parâmetro inalcançável, que às vezes nos faz sentir que, no dia a dia, o combo “dieta+academia” não passa de uma frustração sem fim? Eu sei. A verdade é que a tal academia não passa de um espaço onde um monte de gente normal, que trabalha o dia todo, tem casa e filho pra cuidar, va

Empreendedorismo: nossos sonhos são do tamanho que os enxergamos

Imagem
Eu escolhi para mim uma profissão que tem sim suas possibilidades de se empreender e trabalhar por conta. Mas escolhi também o caminho mais convencional, de ter um empregador. Mesmo assim, nunca deixei de me considerar uma jovem empreendedora e claro, tenho uma constante ânsia de fazer mais - por mim, pela minha família, pela sociedade, por causas justas. Empreendedorismo é aquele tipo de coisas que se nasce com ele. Tenho uma filosofia que fala de um nível que eu ainda não alcancei (e só Deus sabe se um dia vou chegar) que é: há quem nasceu com o dom de transformar frangos em galinhas dos ovos de ouro. Por outro lado, há também quem não nasceu com essa dádiva e ponto. Em suas mãos frangos serão sempre frangos. Mas, empreender também é algo que aprendi na escola, por ter sido uma das privilegiadas a ingressar em um grupo extra curricular chamado exatamente "Jovens Empreendedores". É uma iniciativa da Junior Achievement, encabeçada em Limeira pelo Ideli (Instituto de De

a vida é hoje

Imagem
Domingos como ontem me fazem desejar que todos dias sejam assim, leves, despretensiosos. Acordar e ter quem amar. Rádio ligado. Pasta de amendoim, banana e café. Música, louvor e palavra. Crochê, desenhos coloridos. Família, amor. Arroz e feijão. Frango assado. Cama, TV, conversa. Bolo e café. Banho, beleza, vaidade. Comunhão. Mas dias assim também me fazem desejar que eles continuem sendo únicos, individuais, exclusivos. Não todo dia. Eu sei e você também deve saber que quando todos os dias são iguais, ainda que espetaculares, tudo começa a não fazer sentido. Fazer o que se gosta deixa tudo mais leva e nos impede de viver um dia a dia penoso. Pois quando há mais do que obrigação, quando há amor naquilo que se faz, não há porque fugir. E, então, quando chega aquele belo domingo, leve, azul, ensolarado, só é necessário desfrutar, glorificar Aquele que nos dá todos os dias prontos, cheios e repletos. Sem medo. Porque em 24 horas a semana recomeça. E n

Parto humanizado: por que eu quero falar disso?

Imagem
Assunto cada vez mais polêmico nos dias atuais, a disputa entre as defensoras do parto humanizado - ou pelo menos normal - e da cesariana ganhou ainda mais corpo com a rápida saída do hospital de Kate Middleton, duquesa de Cambridge e mulher do príncipe William, após dar a luz Charlotte, mais nova princesa do Reino Unido. O parto da duquesa foi normal, rápido e ela saiu linda, maquiada, de pé, dando um tchauzinho para os súditos e fãs. Não é de hoje que eu sou do time de defensoras do parto normal. Não é sequer do tempo dessa discussão toda, quando eu já dizia que na minha opinião o melhor é o normal. É duro abrir a defensiva de algo que ainda não se vivi. Sempre evitei opinar porque, afinal, sou usuária de um convênio e quando chegar a minha vez de dar à luz pode ser que eu encontre obstáculos. Vai que... E, lógico, a cesareana tem seus momentos de real necessidade e não pode ser desconsiderada nem endemoniada! É um avanço da medicina e salva vidas - de mães e bebês. Salva e n

Cinderela: caráter da personagem se destaca em meio a 'mais do mesmo'

Imagem
A Centerplex Cinemas realizou na manhã do último sábado (28) uma sessão exclusiva para convidados do filme Cinderela , lançado mundialmente no dia 26. Estivemos lá para conferir... "Cinderela" era uma estreia muito esperada, já que daria vida ao clássico de Walt Disney. Antes, a menina dos sapatinhos de cristal só tinha sido representada nas animações Disney e, agora, ganha uma imagem de carne e osso, interpretada por Lily James, da mais clássica das princesas dos contos de fada. A sala do Centerplex Limeira estava lotada de criancinhas, acompanhadas de seus pais (ou, na maioria dos casos, de mães), com pacotinhos de pipocas e muita empolgação. O filme, porém, não me pareceu muito ser "coisa de criança", apesar de ter a classificação livre e ser indicado para toda a família. Diferentemente dos desenhos, o longa tem um tom sério, cenas de tensão e cenários escuros. Para as crianças, falta aquela alegria tradicional das animações, mais coloridas, acomp

Quem sabe?!

Ainda que a pena de José Genoíno (PT) tenha sido extinta , eu acredito que uma lição foi tirada disso. Não sei se por ele próprio. Nem mesmo os seguidores e alienados de seu partido, que continuam o tratando como rei (o que ficou claro no dia de sua prisão). Mas Joaquim Barbosa, à época presidente do STF, mostrou que corrupção precisa ser combatida e que esse País está cheio de sujeira e podridão. Genoíno pode voltar a, no futuro, se apresentar como herói, ser votado e eleito. É o que aconteceu com Collor, por exemplo. Ou talvez não. A discussão política e o asco pelo corrupto estão crescendo nesse País. E a derrota dos supostos futuros salvadores da pátria, Marina e Aécio, na última eleição, não significou exatamente uma derrota. O país se dividiu e o PT venceu novamente, mas de forma apertada, explodindo em todo País insatisfação contra o atual governo. É assim que foi e assim que tinha que ser. Mas não significa que pra sempre será assim. Genoíno está livre, mas a população