Coluna RER 29-10-2008

Guido Mantega, ministro da Fazenda, afirmou que
não se pode acreditar na "tese do não-contágio".


Prazo de impostos pode ser flexibilizado
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na última terça, dia 28, que a flexibilização no prazo de recolhimento de impostos está entre as novas medidas estudadas pelo governo para ajudar as empresas brasileiras nesse momento de aperto de crédito na economia. "Essa medida está sendo cogitada, mas temos de olhar o impacto sobre as contas públicas, sobre a arrecadação. Nós temos de olhar os dois lados, mas estamos vendo essa questão", afirmou o ministro durante evento realizado hoje pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A questão foi levantada pelo presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, que defendeu o aumento no prazo de recolhimento de impostos para aliviar o caixa das médias e pequenas empresas. Durante debate promovido pela entidade, ministro da Fazenda afirmou que já há falta de crédito no Brasil para capital de giro das empresas e também para as exportações, mas que esses problemas são bem menores do que nas economias mais avançadas.
Mantega disse também que é natural que os bancos brasileiros estejam sendo mais cuidadosos na hora de fazerem novas concessões de crédito, devido aos problemas criados pela crise de internacional. "É natural que as instituições financeiras tenham uma posição de mais comedimento, de precaução", afirmou o ministro.

Contágio
Mantega disse que essa será uma crise de longa duração, que já atingiu a economia real, e disse esperar que a recessão na economia mundial não se transforme em depressão econômica. "Será uma crise de longa duração, uma crise de magnitude inédita. Nós vamos ter um forte impacto na economia real no mundo todo, Vai desacelerar fortemente. É impressionante como o travamento do crédito pode se transmitir rapidamente para a economia real", afirmou.
O ministro da Fazenda disse que a crise impacta menos os países emergentes como o Brasil, mas afirmou que não se pode acreditar na "tese do não-contágio". No Brasil, o principal problema é a falta de crédito, principalmente para o comércio exterior, segundo o ministro.
"Nós temos conseqüências no Brasil desse problema de liquidez. Houve um travamento do crédito para o comércio exterior. Esse crédito escasso levou a uma elevação dos spreads. O custo financeiro está muito elevado", afirmou.

Fonte: 'Pequenas Empresas, Grandes Negócios', que retirou da 'Folha On Line'

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