Dia da mulher: para amar-te e respeitar-te


Já há alguns anos, o Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje (8 de março), caminha para se tornar apenas mais uma data comercial – com o incentivo à venda de flores, chocolates e presentes. Não que a mulher não goste de ser lembrada e presenteada, mas tudo o que elas não precisam é de apenas um dia de lembrancinhas. Precisamos também de reflexão e mudança!

Ser mulher é maravilhoso, sim! Lutamos por igualdade de direitos sociais e civis, o que é justo, mas em sua essência há um brilho diferencial nas mulheres, uma missão especial, e isso é incrível, é divino! Nada, porém, justifica que o gênero venha a ser fator de exclusão social... Divinamente somos seres humanos iguais e perante a humanidade deveríamos ser também!

Porém, mulher ganha menos, mesmo quando trabalha igual, ainda é obrigada a cuidar de todo o serviço da casa e dos filhos e ainda sofre violência de todas as maneiras... TODAS!

Quando meu carro quebra, não o levo ao mecânico. Peço a meu noivo ou meu pai. É difícil saber qual deles não irá tentar me “passar para trás” na hora de orçar ou realizar o serviço.

Quando saio da academia, naquela tarde de janeiro, corro direto para casa, porque estou de shortinho. Nada de parar no mercado, porque os olhares vão cair sobre minhas pernas e certamente um homem vai assobiar quando eu tentar atravessar a rua.

Eu tenho medo de caminhar nos arredores do meu bairro sozinha... Eu sei que andar de ônibus pode ser uma tarefa difícil... Eu vejo na internet duas turistas, mulheres, que viajavam “sozinhas” e foram assassinadas serem recriminadas como se fosse culpadas, como se não ter a presença de um homem devesse ser fator de risco. Eu mesma já passei dias andando ‘eu comigo mesma’ por Londres, por exemplo, sem pensar que isso pudesse ser “arriscado”.

Eu falo sobre o meu dia a dia, de alguém livre, independente, bem resolvida e totalmente amada – pela minha família, amigos e noivo. Mas me angustia que a vida de muitas mulheres, mesmo algumas do nosso lado, seja extremamente mais complicada que isso. Há mulheres vítimas de violência diária, acuadas e sem saber como se defender!

Há mulheres submetidas a homens truculentos, violentos e donos de si. Mulheres que não estão ali porque gostam, estão ali porque não conhecem outro caminhos, porque foram ensinadas que esse é seu lugar, que não há direitos para si, que não há defesa.

Graças a Deus, delegacias da mulher tem se espalhado pelo Brasil e o caminho da denúncia ainda é o mais sensato. Eu torço pelo dia que pais vão criar seus filhos para serem parceiros e não coronéis sobre a vida de ‘suas’ mulheres. O dia em que o amor de Cristo irá refletir nos relacionamentos, que vai imperar o respeito. Que o “amar-te e respeitar-te todos os dias da minha vida” se aplique, de verdade, nos lares...

Enquanto isso, se você é vítima ou conhece alguém que é vítima, não se omita, procure ajuda, ajude! Denuncie, se liberte, empodere essas mulheres... Crie seus filhos para respeitar mulheres como seres humanos, crie suas filhas para entenderem que a ‘princesa’ que cresceu na sua casa não merece nada menos do que um tratamento de realeza!


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