Cuidado... ciclista à vista!





Limeira tem tido cada vez mais adeptos do ciclismo. Basta observar nas ruas, a bike tem se transformado em um comum meio de locomoção, seja para ir ao trabalho, para a prática esportiva ou para o passeio. Envolve questões como a preservação ambiental, saúde e diversão.

Entretanto, a fragilidade do ciclista é o principal problema encontrado pelos adeptos da bicicleta. Ainda que utilize equipamentos de segurança, o usuário desse meio está vulnerável ao trânsito caótico do município. A criação de ciclovias ou ciclofaixas é uma medida fundamental. Segundo a Secretaria dos Transportes de Limeira, há aproximadamente 12,5 quilômetros de ciclofaixas. Porém, há inúmeros problemas que impõe dificuldades para se utilizar estes espaços.

Por ter vivenciado, posso relatar a dificuldade de um ciclista ao trafegar pela cidade. No mês passado, participei de um passeio ciclístico. Mais de 30 bicicletas, conduzidas por pessoas de todas as idades percorreram um trajeto da Vila Rosália ao Horto Florestal. Mesmo escoltados por carros de apoio, foi desafiador percorrer os 14 quilômetros da ida e volta.

Dentro da ciclovia (faixas delimitadas com guia para separar o trecho destinado exclusivamente às bicicletas) a segurança é maior. Porém, há falhas que impedem uma “pedalada” segura. Há, por exemplo, barreiras ao longo do caminho. É de espantar, mas na Via Jurandyr Paixão, encontramos um muro no caminho! Outros obstáculos, como terra, lixo e objetos (madeira, vidro e peças quebradas de outros veículos) se tornam facilitadores de quedas.

Mas o principal inimigo da bicicleta continua sendo a falta de respeito e consciência dos demais condutores. O ciclista é visto como intruso, quando na verdade é apenas mais um meio, com enormes vantagens – como ser econômico e pouco poluidor. Os motoristas respeitam pouco ou nada os ciclistas, que se tornam seres “invisíveis” aos condutores. Campanhas nas redes sociais pedem o respeito às ciclofaixas e a adoção de uma distância segura, de 1,5 metro, da bicicleta que trafega por uma faixa comum.

Infelizmente nada disso é cumprido e os ciclistas acabam expostos ao perigo. Em Limeira, adotar a bicicleta como meio de transporte ou de diversão é uma alternativa cada vez mais comum, mas vista ainda como um ato de coragem, devido à falta de respeito ao ciclista e de mais mecanismos para garantir a sua segurança.

Por isso, levanto a bandeira do respeito no trânsito, lembrando que a bicicleta está cada vez mais presente no cenário urbano. Limeira precisa de infraestrutura, campanhas educativas e estímulo para crescer também nessa prática esportiva e atitude consciente e sustentável.


|| Editando em 19 de agosto de 2012:

Este texto foi publicado hoje na página de opiniões (pág.2) do Jornal de Limeira.

Comentários

  1. Vixi, Roxane, aqui em Brasília, cidade bastante apropriada para o uso de bicicletas, o número de ciclovias existente é bem inferior (proporcionalmente `população) ao de Limeira.

    Infelizmente nossas autoridades ainda acham que "governar é fabricar automóveis", como vemos com esse incentivo irresponsável às montadoras.

    Levaremos gerações até que surja uma consciência de transporte individual sustentável.

    Mas continue tentando, apoio totalmente sua iniciativa de valorizar o ciclismo. E outras correspondentes.

    Saúde e paz.

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