O que as mudanças climáticas têm a nos dizer?



A fúria da natureza tem se mostrado e surpreendido a todos. As mudanças climáticas têm acontecido não é de hoje, mas as recentes catástrofes e o estranho comportamento do clima em todo o mundo têm nos colocado em alerta. Baixíssimas temperaturas e nevascas nos EUA e Japão, ondas de calor extremo na Austrália, enchentes em pleno inverno no Reino Unido e um verão totalmente atípico, pela falta de chuvas, e com temperaturas excessivamente quentes no Brasil. Tudo sinaliza que, definitivamente, as coisas não estão funcionando dentro do esperado. O mundo todo – Américas, Europa, Ásia, Oceania – tem sido atingido. Ainda não vimos catástrofes na África, mas sabemos que é um continente que já sofre com a fome, desigualdade, miséria e doenças.

A Bíblia, como um livro religioso mas também histórico, falou muitas vezes de um tempo que viria onde a terra seria atingida por catástrofes e desastres naturais aconteceriam. Um grande exemplo é o livro de Ageu, onde o profeta trouxe a mensagem de que por causa do comportamento do povo daquela época a seca viria, prejudicaria a produção e causaria sofrimento.

Acontecimentos como estes são históricos, o que nos mostra que sinais, como nos tempos de Ageu e como os de hoje em dia, tem sido realidade ao longo dos séculos. Se acreditamos na Bíblia como um livro inspirado por Deus, temos que interpretar como funciona o tempo Dele. Porque para Deus, mil anos é como uma noite. Os profetas previram anomalias no clima “para logo, em breve”. Considerando que a passagem do tempo para Deus é mais rápida que para nós, esse “logo” faz sentido. Os sinais preparam para a volta de Cristo e a restauração dos salvos. Quem ainda duvida que estamos vivendo esse tempo? Tsunamis, tempestades, furracões e terremotos tem acontecido há séculos e estão aumentando em número e proporção ao longo dos anos, destruindo nações e causando desespero.

Os desastres em larga escala caminham também para crises econômicas e políticas. Governos já estão em dificuldades econômicas diante das situações. São Paulo, por exemplo, tem gasto quase cinco milhões com a tentativa de fazer chover nas represas de abastecimento do estado. O Reino Unido já tem gastos estimados na casa dos bilhões para se recompor das fortes chuvas e enchentes.

O desequilíbrio político e econômico pode ser desastroso. Por isso, precisamos de cargos políticos ocupados por pessoas interesadas em questões ambientais, sociais e econômicas, pois este é o equilíbrio perfeito, que chamamos de “sustentabilidade”. Quanto às nossas lideranças religiosas, o que tem sido feito a fim de conscientizar a população? Campanhas fracas e sem exemplos práticos? Estes líderes são, em geral, os mais influentes sob o povo e o que eles têm feito? Estariam com medo ou despreparados?

NOSSA RESPONSABILIDADE

Onde tudo isso pesa sob os nossos ombros? O clima e as catástrofes naturais são uma das coisas pelas quais o ser humano não tem nenhum controle. Inclusive, quando essas reações da natureza são apenas consequências de seus atos. O que hoje me preocupa é qual a nossa parcela de responsabilidade na intensidade e quantidade desses desastres. Eu acredito sim nos acontecimentos como sinais da volta de Cristo, mas vejo também como consequências de irresponsabilidade humana, afinal, onde fica o nosso livre arbítrio, que traz consigo além da ação livre, as consequências de nossos próprios atos?

No princípio, na criação, o mundo foi entregue nas mãos do primeiro ser humano, para lavrar a terra, administrar e cuidar dos seres vivos. Esse princípio é suficiente para entender a responsabilidade da raça humana sob o meio ambiente. Geração após geração a ambição humana tem crescido e motivado a criação de novas técnicas e meios de produção e exploração. A ânsia por mais riquezas, mais bens, mais conforto e o aumento populacional têm gerado um sobreuso de todo o meio. Porém, a Terra é limitada e não renovável. Seu poder de recuperação é infinitamente menor que o consumo desefreado de nossas gerações.

Vamos pensar. Nas gerações passadas, quando as mudanças ainda não era tão gritantes, quanto era nosso consumo? Quanto em roupas comprávamos? Quantos carros tínhamos por família? Quantas embalagens era descartáveis e simplesmente descartadas em lixões? Quantas viagens aéreas cada pessoa fazia em um ano? E hoje? 

Me alerta para essas mudanças e suas consequências desastrosas que além dos sinais do “fim dos tempos”, há muito de irresponsabilidade egoísta do ser humano. Deixaremos tudo como está porque apenas “não temos o que fazer” já que é “o fim dos tempos”? Não. Cabe a nós tornar melhor o planeta que vivemos. Eu acredito em renovação e no fim da maldade com a volta de Cristo, e assim, devemos escolher começar agora o cuidado com este mundo.

O povo do tempo de Ageu clamou e chorou e Deus retirou deles a condenação, que secava suas terras e destruía plantações. É tempo de se por de joelho e clamar. Como a oração de Daniel, de Neemias, temos que exaltar a Deus, temos que reconhecer o nosso pecado, a nossa ganância, a nossa ignorância, temos que lembrar as promessas de Deus e clamar pela sua ação imediata e salvadora. Deus ouviu Daniel, ouviu Neemias, ouviu no tempo de Ageu e vai ouvir em nosso tempo, quando nações dobrarem seus joelhos.

E após o fim de nossas orações e clamores, é hora de levantar e agir, também como no tempo de Ageu, que o povo recomeçou reconstruir o templo do Senhor, precisamos começar nós reconstruir o que destruímos e cuidar do que nos foi entregue para admnistrar. É tempo de acordarmos e começar a ter uma nova atitude, agir como gente preparada, consciente e interessada. Não estamos falando apenas de um mundo para o futuro, apenas para as próximas gerações, para nossos filhos ou netos, mas para já, para hoje, para nós, para agora!

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