Sono, vem aqui, vamos conversar!

A madrugada é cruel com os insônes. Roda-se e roda-se mais um pouco na cama, ao som do tic-tac do relógio e nem mais um ruído no resto do mundo (coisa de quem mora além do limite urbano da cidade!)

A lição de uma noite sem sono é que bocejos não representam nada, apenas contrações faciais, dores no maxilar e lágrimas nos olhos!

Você liga a TV. Nada poderia ser pior em um domingo à noite, adentrando a madrugada. Os piores filmes, as piores séries, pseudo-pastores charlatões, leilão de tapete persa, documentário sobre meninas que pilotam grande tratores (oh wait!), discurso do opositor venezuelano perdedor da eleição presidencial em revezamento com notícias requentadas sobre acidentes com aeronaves e reprise do Fantástico. Ah não, Fantástico de novo não!

Um concerto clássico na Cultura. Legal, coloco baixinho, vai me dar sono, tenho certeza. Ah, mas que azar, já estava no final. Em seguida, documentário do novo papa. Ah não, novo papa de novo não!

Leite morno. Dá sono. Dizem ser infalível. Esquentá-lo sem fazer barulho, como? Ninguém pode ser feliz na madrugada sem acordar alguém pra te questionar se "tá tudo bem". Sim, tá! Mas tô sem sono, não posso?

O duro é continuar ouvindo o tic-tac e saber que não tem como voltar o tempo. Já passa das 3h e em poucas horas o despertador vai tocar. Nessa hora, tenho certeza, estarei no mais delicioso sono e serei arrancada sem piedade da cama. O dia vai se estender por 18 horas sem poder dar uma piscadinha!

Até a bateria do celular acaba. Mas dormir que é bom...

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