comendo, rezando e amando...


Das delícias da vida, comer, inegavelmente está entre as melhores. É prazeroso, é energético. Mas às vezes também pesa a consciência (de alguns, ao menos). Essa noite sonhei que eu tinha engordado 10 quilos, acordei certa de que a academia tem sentido minha falta (ou seria ao contrário!?). Acho que o sonho foi fruto de um medo inconsciente após um mês a la Comer, Rezar e Amar.

Meados do mês passado eu entrei de férias, um pouco de sopetão, digamos, mas eram dias que eu desejava e até mesmo invejava de uma amiga que estava longe por um mês. Dediquei dez dias a viajar em família. Primeiro cinco dias em uma praia paulista. Alguns dias depois, Rio de Janeiro, cinco dias ciscando de casa em casa, de cidade em cidade, com parentes, por montanhas, rios, cachoeiras, mar e pontos turísticos.

Minha primeira decisão ao arrumar a mala para a primeira viagem era que eu precisava de uma leitura leve e relaxante. Lembrei de uma reportagem que assisti poucos dias antes em que direto de Roma a repórter citava cenas de Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert. As belezas da Itália não saíam da minha cabeça, então decidi ler o livro, já que também não assisti ao filme. Eu queria "viajar" por aquilo...

Cinco dias na praia foram para me dedicar à leitura de "comer", ou seja, a primeira parte do livro e da jornada de Liz pela Itália. O livro e o ano que a autora descreveu é dividido em três partes, quatro meses para comer e aprender italiano em Roma, mais quatro para rezar na Indonésia, e os demais quatro na Índia, também em busca da espiritualidade, marcados pelo encontro do grande amor. Ou não seria isso? Acontece que depois que voltei da praia não peguei mais no livro para saber. (Minha vontade, de verdade, é terminá-lo antes de devolver à dona que me emprestou, mas só Deus sabe quando vou fazer isso.)

Eu chamo (pra mim mesma) essas férias de uma versão modesta de Comer, Rezar, Amar... Não percorri terras estrangeiras, nem aprendi a meditar com uma guru em um ashram, muito menos encontrei um amor. Mas comi sem culpa, orei com gratidão e aprendi amar ainda mais a mim mesma, a minha família e as belezas tão simples da vida.

Me deixei sentir o prazer de repetir um bom prato de galinha caipira, comer duas vezes um belo strogonoff, comer duas sobremesas  e seis quadradinhos de chocolate ao invés de apenas quatro (apesar de ter vontade de saber como é, nunca tive coragem de comer um barra ou uma caixa inteira de chocolate rsrs).

Foi tambem no meio de uma dessas viagem que tive uma das noticias que eu mais esperava nos últimos tempos. Que gerou expectativa em meu coração e me deixou animada para os próximos passos... (E isso tudo seraa assunto para um próximo post, quem sabe em meados do mês que vem.) Agradeci, simplesmente orei e agradeci a Deus. Diante da estátua do Cristo Redentor, monumento-simbolo do Rio de Janeiro, lembrei a grandeza do meu Deus.

Se aquela estátua, pequena se comparada ao tamanho da Terra, podia ser tão grande, tão maior que eu,  tão deslumbrante e inacreditável, quem dirá meu Senhor. Fiquei imaginando como seria Deus se Ele fosse visível.   Ah como eu queria vê-lo! Entendi a grandeza de Deus e orei mais uma vez. Sempre agradecendo. E tive uma ligeira certeza de que meus planos vão prosperar esse ano.

E por fim, meu amor foi intenso e sincero por estes momentos, pelos lugares que passei, pela companhia dos meus pais e pelo anseio por viajar. Soube que se preciso eu arrumaria minhas malas mais duas, três, quatro vezes e viajaria... Tudo começou com Comer, Rezar, Amar que me deixou com vontade de juntar minha mala e passar ao menos quatro meses longe, comendo, rezando e amando... E quem sabe se não vou fazer isso?

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